Sizing: Onde tudo começa...
Dimensionar corretamente os recursos de infraestrutura necessários para uma aplicação funcionar corretamente, é de suma importância para o sucesso de uma implementação, independente de se tratar de uma nova instalação (greenfield) ou uma atualização tecnológica envolvendo novas versões do software, adoção de novas funcionalidades etc. (tech refresh).
Independente do tipo de implementação envolvida, o primeiro passo é traduzir os requisitos de negócio em requisitos de hardware (cpu, memória, volumetria e throughtput), de forma que seja possível entender se a empresa já possui os recursos necessários ou se terá que adquiri-los. Esse processo de tradução de requisitos é o chamado ‘hardware sizing’.
Se a implementação envolve um sistema que já está em uso, esse dimensionamento pode ser baseado na performance dos sistemas com os work loads e hardware atuais, além de considerar também crescimento vegetativo histórico. Todavia é essencial a participação do Cliente nesse processo, para contribuir com informações sobre os objetivos futuros (baseadas no seu planejamento estratégico) que vão determinar aspectos relacionados ao crescimento não-vegetativo dos sistemas. As situações a seguir ilustram a necessidade desse envolvimento: Uma empresa envolvida na compra de uma startup para ampliar sua oferta no mercado; uma outra, decidiu abrir uma nova fábrica no próximo ano; e a terceira, vai descontinuar uma linha de produtos cuja margem operacional está aquém do esperado. Em cada um desses casos, bastante comuns por sinal, é necessário entender “se” e “como” as mudanças irão afetar o nível de utilização ou exigência dos sistemas que a TI precisa manter operacionais e performáticos para atender às necessidades do ‘negócio’.
Decisões sobre aquisição de uma nova infra (caso haja preferência por uma arquitetura ‘on premises’) também devem levar em conta uma infraestrutura escalável com o objetivo de no médio/longo prazo proteger o investimento realizado. Por outro lado, se a idéia é se beneficiar da elasticidade e contingenciamento nativos da nuvem, é preciso entender que provedor oferece a melhor oferta para o sizing necessário. Uma infraestrutura híbrida, inclusive pode acabar sendo a decisão mais sábia, dependendo do caso...
Enfim, em todo esse processo, a Point Consulting pode contribuir como ‘trusted advisor’, resgatando os cases e a experiência acumulada de muitos anos de serviços de transformação em ambientes SAP, com as mais diferentes arquiteturas (premises, nuvem), plataformas (risc, x86), sistemas operacionais (unix, linux, windows), bancos de dados (oracle, hana, ase, sql, db2, ...),
SAPS
Antes de explorar melhor as diferentes maneiras de se realizar um sizing, vamos fazer uma breve pausa para entender o conceito por trás de um termo bastante utilizado durante esse processo: SAPS.
SAP Application Performance Standard (SAPS) é uma unidade independente de medição de hardware que descreve o desempenho de uma configuração de sistema no ambiente SAP. Ele é derivado do Sales and Distribution (SD) benchmark, onde 100 SAPS é definido como 2.000 processamentos completos de negócios de itens de pedidos por hora. Em termos técnicos, este rendimento é conseguido através do processamento de 6.000 dialog steps (mudanças de tela), 2.000 postings por hora no SD benchmark ou 2.400 transações SAP. No SD benchmark (Sales & Distribution), processamento completo de negócio significa o processo completo de um item, como por exemplo criar uma a ordem, criar uma nota de entrega para a ordem, exibir a ordem, mudar a entrega, registrar uma saída de mercadoria, listar a ordem e criar uma fatura.
É com base na quantidade de SAPS que o vendor de servidor irá determinar a linha de servidores que vai atender essa especificação, e a configuração (quantidade de cores e memória) que esse servidor precisa ter.
Importante entender também que cada vendor de hardware possui linhas e modelos de servidores previamente homologados pela SAP para uso dos seus sistemas.
Métodos de Realização de Sizing
De acordo com a SAP existem 3 diferentes metodologias de sizing, que são utilizadas para determinar as necessidades de hardware de um sistema SAP, como a quantidade de SAPS, espaço em disco, iops e largura de banda de rede:
O “Greenfield Sizing’ é utilizado na primeira implementação de sistemas SAP. Já o ‘Brownfield Sizing’ pressupõe que o Cliente já possua seus sistemas em funcionamento e, portanto, dados históricos para apoiar o processo dimensionamento da nova infraestrutura, ou upgrade da atual. E por fim, o ‘Expert Sizing’ utilizado em grandes corporações e baseada nas características específicas que os sistemas e suas customizações necessitam para ter um desempenho adequado.
Ao contrário dos dois primeiros métodos, o ‘Expert Sizing’ não possui uma ferramenta padrão para apoiar o dimensionamento. Como o nome diz, é necessário uma série de análises realizadas por um arquiteto experiente e que conheça bem as características individuais e específicas do ambiente em questão.
Ferramentas de Sizing
Dentre as ferramentas que a SAP disponibiliza, o "Quick Sizer” é a opção mais comum, e disponível gratuitamente no SAP Service Marketplace desde 1996. Ele foi desenvolvido em colaboração com parceiros de hardware da SAP para ajudar os clientes a determinar os parâmetros de suas necessidades de hardware. A fim de se obter um resultado confiável, é importante alimentar a ferramenta com tantos dados de negócio quanto forem possíveis, e documentar corretamente o máximo de requisitos de negócio durante esse processo. Mais informações, você encontra em www.sap.com/sizing.
Em paralelo a Point Consulting se coloca à disposição o conhecimento das características específicas que cada segmento de mercado possui (varejo, finanças, indústria, ...) para realizar essa avaliação e apoiá-los nas decisões de dimensionamento de infraestrutura para as implementações, upgrades e migrações de seus landscapes SAP.
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